Evandro em destaque na imprensa de hoje

Jornal "O Jogo"

"Sinto que tenho algo a provar"
Chegou a Portugal em 2001, com o rótulo de goleador, para jogar no Vitória de Setúbal, então na primeira divisão. Com apenas 19 anos sentiu dificuldades de adaptação, mas viria a confirmar os créditos no Maia, na Liga de Honra, onde foi figura de proa. Contratado pelo Santa Clara, viu a sua carreira ser interrompida abruptamente devido a problemas cardíacos que o davam como inapto para o futebol. Evandro regressou pela segunda vez a Portugal para jogar no Freamunde e os golos não demoraram a surgir. No passado domingo deu os três pontos aos "capões", com um golo sentido de forma "especial”.
"Neste meu regresso sinto que tenho algo a provar. Quero mostrar que estou apto e com as minhas qualidades intactas”, explicou. Foi só um golo, mas que faz o avançado sonhar mais alto. "Quando vim para Portugal, em 2001, vim para jogar na SuperLiga e é onde pretendo regressar. Apostei muito nesta temporada e declinei até uma proposta da China para poder regressar”, confessou.
Sem estabelecer metas, o brasileiro, que se define como ”bom cabeceador" e que remata "com facilidade com ambos os pés”, sempre vai dizendo que gostaria de fazer "uma dezena de golos". "Se o conseguir vai ser bom para mim e para o clube, que tem um balneário fantástico e uma Direcção sempre presente”, afirma. O facto de o Freamunde jogar em 4x3x3 é importante para o avançado, mas não é a chave do êxito. ”Mais importante do que a táctica é a qualidade dos jogadores que determina o sucesso ou insucesso. O Freamunde tem um excelente grupo e lá na frente a concorrência é muito forte”, rematou.

"A paragem acabou por ser positiva"
Evandro comenta a sua saída de Portugal com a mesma simplicidade com que remata à baliza. "Os desportistas têm o coração dilatado e o meu estava um pouco acima do normal, porque pratico desporto desde os quatro anos. Comecei no judo. Quando regressei ao Brasil parei durante alguns meses, para voltar a fazer os exames. O resultado foi positivo e por isso voltei à competição. Não culpo ninguém pela minha paragem. Acho que foi até positiva, porque me permitiu esclarecer as dúvidas que subsistiam".