sábado, 24 de janeiro de 2009

Comissão de Honra da Liga de Honra com o Benfica

ALMOÇO PARA REUNIR APOIO NO SENTIDO DE SALVAR O ESCALÃO

A Comissão de clubes da Liga de Honra conseguiu, em Lisboa, um encontro com o Benfica no sentido de sensibilizar os dirigentes encarnados para as dificuldades que o 2.º escalão do futebol português está a atravessar. Formada em finais de dezembro, pelos presidentes de Gil Vicente, Olhanense, Covilhã, Freamunde e Varzim, desde cedo a Comissão afirmou que iria tentar reunir o apoio dos três grandes. O Benfica foi o primeiro a aceitar o desafio, graças à intervenção do presidente poveiro, Lopes de Castro.
Gerar mais receitas e renegociar as transmissões televisivas são dois dos primeiros passos que a Comissão quer dar “no imediato”. Herminío Loureiro, presidente da Liga de Clubes, também patrocinou este movimento que terá sempre de apresentar as propostas aos restantes emblemas da Honra.

Lopes de Castro alertou hoje que a Liga Vitalis pode estar em causa se não surgirem soluções para os problemas financeiros dos clubes. À saída de um encontro da Comissão de clubes da Liga de Honra com o Benfica, no Estádio da Luz, em Lisboa, o presidente do Varzim disse que é preciso "procurar num curto espaço de tempo soluções".
"O futebol tem de arranjar soluções dentro do futebol. A Liga de Honra tem de embarcar nesse profissionalismo. Caso contrário, temos de ter coragem para dizer que não há espaço para a uma Liga de Honra. Ou há soluções ou a Liga de Honra está em causa", referiu Lopes de Castro. O líder do Varzim diz que é preciso "encontrar receitas, diminuir custos", alertando para a possibilidade de alterar o modelo competitivo da competição: "Não é possível exigir-se que haja 16 clubes de futebol profissionais na Liga de Honra, quando toda a gente sabe que não há receitas", considerou.
Lopes de Castro alertou ainda para a questão das receitas televisivas, referindo que "uma equipa sai da Liga com 1,5 milhões de euros da televisão e passa para 50 mil euros na Liga de Honra, trinta vezes menos, quando os custos de competição são praticamente os mesmos" da divisão principal."O futebol não entende a existência de um salário mínimo. O actual são três salários mínimos, o que nos está a tirar a possibilidade de irmos buscar jogadores à formação. Nós entendemos que o futebol tem de ter o salário mínimo nacional", assegurou. Lopes de Castro considerou ainda que seria "interessante" encontrar-se uma solução para a Liga de Honra que resolvesse também o problema da II Divisão.
Depois de ter sido recebido pelo presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, e pelo assessor jurídico da SAD encarnada, Paulo Gonçalves, a Comissão de clubes da Liga de Honra espera reunir-se com o FC Porto e com o Sporting.

in "Record"

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