sábado, 21 de fevereiro de 2009

Clubes dizem que modelo da prova está "falido"

APÓS REUNIÃO NA CIDADE DO PORTO




Os representantes dos clubes da Liga de Honra, reunidos esta sexta-feira na cidade do Porto, consideram que "o atual modelo competitivo da competição está falido" e pretendem aumentar as receitas para fazer frente à crise.
O presidente do Varzim, Lopes de Castro, foi o porta-voz dos 16 clubes no final da reunião, durante a qual foi mandatada a direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para elaborar um estudo de viabilidade. "A verdade é que os custos de organização são idênticos entre a Liga e a Liga de Honra e, se a receita é inferior, é preciso resolver este buraco. Entendemos que, sem mexer nos montantes da Liga, temos que arranjar forma de subir substancialmente os da Liga de Honra", adiantou. Se um clube descer da Liga à Liga de Honra, ainda de acordo com Lopes de Castro, "sofre uma redução nas receitas de trinta vezes. Temos que repensar o conceito de futebol profissional e o modelo desta competição".
Os clubes da Liga de Honra apelam à necessidade de equilibrar as receitas comparativamente ao escalão principal, nomeadamente no que respeita aos direitos de transmissão televisiva dos jogos em que é de 50 milhões para um milhão. "Falta dinheiro. Não vindo da televisão, é complicado ir buscar a outro lugar", considerou Lopes de Castro, que enalteceu a presença de praticamente todos os clubes. Portimonense e Santa Clara foram os únicos ausentes, mas fizeram-se representar pelo Varzim. No essencial, os clubes concluíram que é necessário uma "negociação em bloco dos direitos televisivos da Liga de Honra", tendo sido iniciada "uma aproximação à direcção da LPFP para dar início à criação de bases para a sua concretização". "Pedimos à Liga que desenvolvesse um estudo económico que apontasse qual a solução ideal ou as medidas a tomar", observou Lopes de Castro, recordando a necessidade de acautelar os prazos para estas serem ratificadas em assembleia.
A negociação está em aberto e em cima da mesa estão já algumas propostas que passam, por exemplo, pela criação na Liga de Honra de duas zonas com 10 equipas, com recurso, ou não, a um alargamento a equipas "B" do FC Porto, Benfica e Sporting.
"O modelo competitivo 16 por 16 está esgotado e o que falta à Liga de Honra é uma receita que não tem", considerou Lopes de Castro, adiantando que se não for encontrada uma solução os clubes não sobrevivem. Os clubes apoiam ainda a ideia de criar um dia específico para os jogos da Liga de Honra, "que seria o sábado, para permitir um maior enfoque de interesse e, quem sabe, permitir alargar para duas as transmissões por jornada".
A proposta de um dia específico para a realização dos jogos, de forma a não coincidir com os da Liga, "é pacífica", ainda segundo Lopes de Castro. Aspectos relacionados com as compensações devidas pela formação, aumento de patrocínios, apoios nas deslocações às ilhas e a revisão da obrigação de três salários mínimos, são propostas também em cima da mesa. "Estamos preocupados com o fato de quando contratámos sermos obrigados a pagar três salários mínimos, que é o mínimo no futebol profissional, que nos inibe de apostar na nossa formação", disse o presidente do Varzim.
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in"Record"
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2 comentários:

Anônimo disse...

sei que temos um representante, Carlos Rego, por isso estou descansado.Free Free.

Anônimo disse...

quem é o carlos rego