terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma reportagem para lêr e reflectir

Já há uns meses atrás, foi assinalada aqui no blog a excelência de contratações por parte do Varzim para a presente temporada, a aposta inequívoca na formação poveira começa a dar frutos, pelos vistos as pessoas da Póvoa de Varzim, têm paciência e dão tempo ao tempo, até os seus pequenos rebentos começarem a dar frutos, coisa que em Freamunde não tem existido.
É certo que o Varzim apesar da vitória de Domingo não aspira a subida de divisão e talvez até tenha no decorrer do campeonato grandes dificuldades para garantir a manutenção, mas pelo menos apostou na "prata da casa", fez um plantel barato e breve prazo vai com toda a certeza lucrar com esta aposta. Já o Freamunde, não apostou nos da casa, foi buscar jogadores fora, mais caros e alguns de duvidosa qualidade e se calhar vai ter tantas ou mais dificuldades para se manter do que o Varzim!

Reportagem no "Jornal O Jogo" de hoje

O Ajax mora na Póvoa
Quando se fala em formação, à lembrança vêm logo o Sporting ou o Barcelona, projectos de sucesso com jogadores da casa, mas na história do futebol ninguém esquece o Ajax. Agora, em Portugal, também há um caso idêntico ao da formação holandesa na Póvoa de Varzim, com uma equipa quase de sonho para os adeptos e para o treinador, Eduardo Esteves, também ele com um longo passado nas equipas técnicas do sector de formação varzinista. No domingo, o Varzim fez alinhar oito poveiros numa vitória épica sobre o Leixões no Estádio do Mar, ironicamente onde ficaram famosos os bebés de Matosinhos - alguns viriam depois a ingressar nos lobos do mar juntamente com o treinador António Teixeira, casos de Fonseca, Horácio, Cacheira, Eliseu, Pinto, Praia e Fernando.

Anteontem, o Varzim venceu por 4-3, sendo que um ex-júnior, Rafael Lopes, alinhou a ponta-de-lança e marcou dois golos, tantos quantos os apontados por Pedro Santos, capitão de equipa que selou a vitória no último lance do tempo de compensação, isto depois de o Leixões ter empatado três minutos antes! A defesa foi constituída pela prata da casa: o central Campinho jogou adaptado a lateral-direito, Pedro Santos e Neto, de 22 anos, que desperta o interesse de vários emblemas, formaram a dupla de centrais, enquanto outra jovem promessa, Hugo Costa, 20 anos, foi aposta na esquerda. À frente da defesa alinhou Tito, o coração da equipa, e, no ataque, mais dois meninos, Gonçalo Graça (20 anos) e Rafael (19), para lá de Salvador (20), internacional sub-20 que entrou na segunda parte. A estes oito podem juntar-se mais cinco - Rui Barbosa, Rabaldo, Tiago Lopes, Luca e Mário Cunha -, o que perfaz 13 jogadores da cantera num plantel de 25.
Recorde-se que, num passado recente, Ricardo e Pedrinho saíram para a Académica, Yazalde ingressou no Braga e André André, a custo zero, assinou pelos espanhóis do Corunha. Ainda fresco está o caso de Bruno Alves, que saiu do FC Porto para os russos do Zenit, numa transferência que rendeu, ao Varzim, quase meio milhão de euros pela formação. Num clube que vive uma grave crise financeira, esta aposta pode ser a tábua de salvação.

A casa de Bruno Alves e Hélder Postiga

São inúmeros os jogadores que saíram do Varzim e chegaram ao principal escalão, sendo que André, campeão europeu pelo FC Porto, em 1987, foi o nome mais sonante. Actualmente, na Selecção Nacional estão dois casos que exemplificam o sucesso da escola alvinegra: Bruno Alves e Hélder Postiga. Ambos saíram do Varzim para o FC Porto, o central com idade de júnior, o avançado logo nos infantis. "Apesar de ser de Vila do Conde, sou sócio do Varzim, clube do meu coração. No meu tempo não era assim, não davam tantas oportunidades aos jogadores da terra, mas estou orgulhoso pela aposta num viveiro inesgotável, mesmo sabendo que por vezes se perdem grandes valores pelo caminho", afirmou Hélder Postiga a O JOGO, desejando que a "grande vitória" sobre o Leixões "dê a confiança necessária para iniciar a recuperação".

3 comentários:

Anônimo disse...

QUE CLUBE LINDO QUE CLUBE FANTASTICO TE AMO MEU VARZIM EM MATOSINHOS FOI A LOUCURA ... Obrigado ao moderador do blog por se lembrar deste clube diferente bom campeonato para voces .

Anônimo disse...

Poderiamos ter algo do genero, desde que fosse pensado com tempo, mas primeiro está no pensamento do treinador safar-se a ele próprio e depois está a equipa. Imagine-se que teriamos ficado com os juniores que estiveram a treinar,e retirando os emprestados do Vitória, teriamos o seguinte plantel:

GR: To, Dougla e Macieira
DD: Raviola e Eduardo Torres
Centrais: Luis Pedro, Pinto, Helder Sousa e Sérgio Nunes
De: Serginho e Paulo Monteiro
MC: Alonso, Luiz Carlos, Brandão, Tarcisio, Gustavo, Dani e Paulo Ferreira
Avançados: Raul,Andre Pinto, Maciel, Luciano, Bock, Pedro Henrique e João

Teriamos muito melhor equipa do que a que temos, alem de que poderiamos ter investido noutros jogadores, tais como Cuco, Nelson, etc etc etc

Anônimo disse...

Kem vier a gerir o clube tem que impor quotas relativas a formaçao do plantel senior.Isto só acontecerá, como e evidente, havendo o minimo de qualidade dos jogadores provenientes das camadas jovens, que há.é necessário, porem, articular o caminho de modo a, quando chegarem à meta, a transicção se processe de modo sustentado.Como? entreajuda dos tecnicos da formaçao com os dos seniores, reunioes calendarizadas para o efeito, acompanhamento na evoluçao, pedagogico, familiar,alimentaçao, estilo de vida, de modo a que o scf seja uma segunda familia para os jovens.assim se construira o futuro, sendo que a nao ingressarem de imediato no plantel, tarimbem noutros clubes,da regiao, com quem se façam protocolos, e, sempre acompanhados pelos nossos tecnicos; nao e desprestigiante jogar num clube de escalao inferior se o objectivo for o regresso ao clube formador,isso tem que ser ensinado, tambem, aos jovens.só assim o scf sera um clube com futuro, sob pena de, mais tarde ou mais cedo, cair.