sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Semana Gastronómica do Capão à Freamunde em 8 restaurantes até 13 de Dezembro


A V Semana Gastronómica do Capão à Freamunde, que vai decorrer entre os próximos dias 1 e 13 de Dezembro, para além de ter conquistado mais dois restaurantes aderentes, apresenta este ano algumas novidades gastronómicas confeccionadas com Capão, associando ao menu produtos típicos da região, como a broa do Vale do Sousa e o vinho verde da região e doçaria tradicional do Concelho.

Neste período oito restaurantes do concelho vão disponibilizar no seu menu diário, ao almoço e ao jantar, o prato de Capão à Freamunde, desafio lançado pela autarquia e Junta de Freguesia de Freamunde aos restaurantes nos últimos 5 anos, juntamente com a Associação Juvenil Ao Futuro (AJAF) e a Associação de Criadores de Capão de Freamunde.
É mais um momento alto para a promoção deste prato que delicia apreciadores, inspirou escritores e cujo produto se encontra na fase final do processo de Indicação Geográfica Protegida (IGP).

A Semana Gastronómica do Capão à Freamunde abriu no dia 1 de Dezembro em 8 Restaurantes do concelho: A Nossa Pensão (Paços de Ferreira); A Presa (Freamunde); Casa do Campo (Figueiró); Citânia (Paços de Ferreira); O Gusto e Parrilhada (ambos em Freamunde); Tarasco (Figueiró) e Tasquinha D'Aldeia Melo (Lamoso).

19.º Concurso "Capão à Freamunde"
Um dos pontos altos desta edição da Semana Gastronómica acontecerá no dia 12 de Dezembro, com o 19º Concurso Gastronómico "Capão à Freamunde", que consiste num Jantar de Gala na Quinta da Vista Alegre, Freamunde, durante o qual é atribuído o prémio ao restaurante que melhor confecciona o Capão.

Neste evento, os restaurantes aderentes levam o seu capão a concurso, em que o prato é apreciado e avaliado por um júri, sendo posteriormente nesse jantar, comunicado o vencedor no Jantar e entregues os respectivos prémios. O Jantar de Gala conta com a participação de individualidades das diversas áreas, que têm oportunidade de degustar tão prezada iguaria. O valor de cada entrada será de 30 euros e os ingressos encontram-se à venda, entre os dias 1 e 9 de Dezembro, no Centro de Informação Turística de Paços de Ferreira, que funciona no Museu Municipal e na Junta de Freguesia de Freamunde.
É mais um momento alto para a promoção deste prato que encanta apreciadores e cujo produto se encontra em processo de IGP, Indicação Geográfica Protegida.
Excelentemente assado, com recheio, e levado à mesa com a pele estaladiça, conquistou apreciadores de prestígio como: Camilo Castelo Branco, Gil Vicente, Eça de Queirós e D. Francisco Manuel de Melo.

Feira dos Capões
O dia 13 é, por excelência, dedicado à compra e venda do capão vivo. No dia de Santa Luzia milhares de pessoas deslocam-se a Freamunde para a Feira dos Capões que decorre no centro da cidade.

A vertente religiosa é também motivo de deslocação a Freamunde, na maior parte dos casos por devoção ou para cumprir promessas a Santa Luzia, ainvocada para a cura dos males da vista. Neste dia 13, o programa contempla a celebração de duas missas, na Capela de Santo António, pelas 09 e pelas 11 horas. Pelas 12 horas, decorre o Concurso do melhor capão vivo presente na feira, encerrando o programa da Feira dos Capões com demonstrações equestres, pelas 15 horas, junto às Piscinas Municipais.

De salientar a importância dos parceiros envolvidos: a AJAF, que tem por função a organização do Concurso Gastronómico do Capão à Freamunde e a Associação de Criadores de Capão, a promoção e divulgação da autenticidade do Capão.
Em Dezembro de 2001 foi também criada a Confraria do Capão.

Historial do Capão
A origem do capão remonta aos tempos romanos, diz-se que na Roma antiga, o cônsul Caio Cânio, restringido nas suas horas de sono, pelo alvorecer sonoro dos galos, teria conseguido fazer aprovar uma lei no senado que proibia a existência dos galináceos, no perímetro urbano da cidade.
Privados do prazer da sua carne, os súbditos logo inventariam uma forma engenhosa de contornar a disposição legal - capando os galos. Surgia assim o capão, o sápido eunuco que, na sua nobreza e requinte, se tornou comparável ao faisão, à perdiz e à galinhola.

Diz-se que sendo desvirilizados, eles pararam de cantar, para consolar a perda da função, começaram a alimentar-se compulsivamente e a engordar bastante. Ao serem abatidos, e cozinhados tornando-a em iguarias sublimes. Os romanos descobriram que quanto mais cedo fosse realizada a castração, melhor seria o sabor da sua carne.
E, pelos caminhos de Roma, chegaria até nós este costume e este processo que enriquecia a gastronomia e a alimentação da região, acrescentando-lhe nova e delicada iguaria.
A par de uma riqueza nutritiva e um sabor delicado, as suas origens fazem parte do património lendário da região.

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