segunda-feira, 9 de abril de 2012

Impor Lei da rolha como protesto

A viver dias muito conturbados, com três meses de salários em atraso e o presidente demissionário, o Freamunde tem, na vertente desportiva, uma preocupação acrescida. Numa fase em que cada ponto é ouro para um cofre pontual muito depauperado, os capões encontraram razões de queixa da arbitragem nas duas últimas deslocações. Uma situação que levou Nicolau Vaqueiro a aderir à lei da rolha, não sem antes classificar de "lastimável" o atual estado do futebol português.
Cinjamo-nos aos factos: nas últimas quatro jornadas, foram assinaladas três grandes penalidades contra os capões, mas o copo encheu no jogo de Matosinhos e transbordou na ilha de São Miguel. Na ronda 23, em casa do Leixões, o Freamunde esteve em vantagem até ao minuto 93, quando Helder Malheiro vislumbrou uma grande penalidade na área azul que ditou o empate e acabou por retirar dois pontos ao Freamunde. O lance foi considerado pela Imprensa como "no mínimo duvidoso".
Quinze dias depois, o mesmo filme foi visionado pela formação freamundense ao minuto 87 do encontro com o Santa Clara, quando persistia o nulo inicial. Desse encontro, há imagens que mostram não haver razões para a infração assinalada por Rui Patrício que, qual cereja no topo do bolo, deu ordem de expulsão a Luís Pedro, um dos pilares dos azuis. Vaqueiro ficou de saco cheio e o silêncio foi a forma encontrada de preservar uma folha disciplinar exemplar ao longo de quatro décadas.
Olhando para a tabela, e num exercício hipotético, os três pontos que os capões reclamam resultariam numa subida para o 11º lugar da tabela, abrindo uma janela para a linha de água de cinco pontos.
O Freamunde, contudo, é agora 13º, com apenas mais dois pontos que o Portimonense, e na próxima ronda, que se realiza apenas no dia 22 do corrente, desloca-se a… Portimão, onde mora um adversário que tem vindo a realizar uma recuperação sensacional.


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